Autoprodução de Energia no Brasil: Data Centers e Varejistas Impulsionam o Crescimento
- Contato ePowerBay
- 19 de mar.
- 3 min de leitura
Nos últimos anos, a autoprodução de energia tem se tornado uma estratégia essencial para grandes consumidores do setor elétrico brasileiro. Em 2024, essa tendência se intensificou, especialmente com a adesão de empresas de data centers e do varejo. Segundo a Clean Energy Latin America (CELA), o número de contratos de autoprodução cresceu de 23 em 2023 para 31 em 2024, evidenciando um movimento de transição energética por parte de grandes consumidores.
Este aumento reflete uma busca por previsibilidade de custos, sustentabilidade e segurança no fornecimento de energia, fatores essenciais para setores que necessitam de operação ininterrupta e otimizam seus gastos com eletricidade.

O que é a Autoprodução de Energia?
A autoprodução de energia ocorre quando uma empresa ou consórcio investe diretamente em usinas de geração para suprir suas próprias necessidades elétricas. Essa modalidade permite que os consumidores tenham maior controle sobre sua matriz energética, além de reduzir custos a longo prazo.
No Brasil, a autoprodução se dá, principalmente, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde grandes consumidores podem negociar diretamente com fornecedores de energia renovável, como parques solares e eólicos. Essa flexibilidade possibilita contratos mais vantajosos, alinhados com estratégias financeiras e sustentáveis das empresas.
Com o avanço das fontes renováveis e a necessidade crescente de eficiência energética, a autoprodução se tornou uma alternativa cada vez mais atrativa para setores intensivos em consumo energético, como indústrias, data centers e redes varejistas.
Data Centers e Varejistas Lideram a Autoprodução em 2024
Os setores de tecnologia e varejo foram os grandes impulsionadores da autoprodução de energia neste ano. Empresas desses segmentos buscaram investir na geração própria como uma maneira de garantir suprimento energético confiável, reduzir a pegada de carbono e otimizar custos.
Entre os 31 contratos fechados em 2024, destacam-se:
18 contratos para geração solar – aproveitando o grande potencial do Brasil para energia fotovoltaica;
11 contratos para geração eólica – beneficiando-se da matriz energética limpa e competitiva;
1 contrato para um projeto híbrido – combinando 1,7 GW de energia solar e 600 MW de energia eólica, reforçando a tendência de diversificação das fontes energéticas.
A CEO da CELA, Camila Ramos, ressaltou que a autoprodução de energia se consolidou como a estratégia preferida dos grandes consumidores no ACL, aliando viabilidade econômica, previsibilidade financeira e garantia de suprimento renovável.
Como a ePowerBay pode auxiliar na expansão da infraestrutura digital
A plataforma ePowerBay oferece ferramentas essenciais para apoiar desenvolvedores, investidores e operadores do setor elétrico na avaliação e planejamento de infraestruturas críticas, como data centers. Com acesso a dados atualizados e análises detalhadas, a plataforma permite:
Mapeamento da Infraestrutura Energética – A ePowerBay fornece um panorama completo das redes de transmissão e distribuição, ajudando a identificar pontos estratégicos para conexão de grandes consumidores de energia, como data centers.

Análise da Capacidade da Rede – Através de um banco de dados atualizado, a plataforma permite verificar a disponibilidade de carga e a viabilidade de conexão em diferentes regiões, garantindo que projetos de alta demanda energética tenham acesso estável e seguro à eletricidade.
Monitoramento de Projetos de Geração – Data centers exigem fontes de energia confiáveis e, muitas vezes, sustentáveis. Com a ePowerBay, é possível acompanhar projetos renováveis próximos à infraestrutura do data center, facilitando a integração com energia eólica e solar para otimizar a matriz energética do empreendimento.

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